sábado, 15 de agosto de 2015

15/08/2015 - 14:39.

Tantas reviravoltas e saltos que essa vida dá. Nunca imaginei ou programei estar aonde exatamente estou. A linha colateral aumentou, os irmãos estão casados e os almoços de domingo tornam-se uma festa quando nos reunimos na casa da mamãe.
Sim. Era algo inimaginável, mas eu gosto muito da forma que tudo se "encaixou".

terça-feira, 20 de maio de 2014

20/05/2014.

Caminho ansiosamente para adentrar o nosso “denguinho”. Assim que abro a porta, acendo a luz, largo os sapatos em qualquer canto e me livro dos adornos. Ligo a TV, abro a janela , puxo o puff e me sento. Sua falta me invade, e por isso movimento ansiosamente os meus membros. Conto os minutos para a sua chegada, e me perco no pessimismo de não tê-la mais. Esses pensamentos me atormentam. Derramo-me em lágrimas. Caio em si, e ouço os seus passos. A porta se abre e tenho o contentamento do seu sorriso. Finjo não me importar com a sua presença, para ganhar seus mimos, e essa tática mais uma vez funciona. Você me cobre de beijos, e o seu perfume acalma o meu coração. Pronto. Tenho a certeza de que eu poderia morrer ali, pois o meu mundo torna-se completo com você. Juntas, fazemos a “gororoba” que chamamos de jantar e depois nos jogamos no colchão da sala para assistirmos a 1° das três novelas globais. Quando o cansaço toma conta, depois de um banho, nos deitamos em nosso quarto, e meio que “abraçadas meio separadas” dormimos. Pela manhã, você acorda sonolenta, emburrada, e o seu “bico” é maior do que a Avenida em que moramos. Ganho beijos de súplicas, implorando para ficar, mas o dever nos chama. Já no banho, você esquece do mundo e de mim. A água do planeta é pouca para a minha “pequena sereia”. Depois de longos minutos, você saí do banheiro, e assim como na 1° vez, vê-la enrolada numa toalha mexe comigo. Seus passos são lentos, e como acabo utilizando algumas coisas em comum com você, sempre fico no prejuízo, pois o meu tempo torna-se mais curto por espera-la. Já às pressas, quase atrasadas, você briga comigo culpando-me da demora. Pego as minhas coisas, e batendo os pés vou a caminho do elevador. Mal nos olhamos até chegarmos à rua. Do lado de fora, o clima já é de descontração, e você sempre reclama que a deixo para trás. Sorrindo, abraço-a meio sem jeito e concordo com a afirmação feita, e procuro me policiar nos próximos passos. Dentro do metrô lotado você me encoucha e tira sarro da situação, ressaltando que desse jeito é vantajoso, já que podemos ficar mais juntas. No momento de nos despedirmos, ganho um beijo conjugal e um “eu te amo”, e a vejo caminhando na direção que levará ao seu trabalho. Sozinha, reflito na felicidade que me transborda, e na certeza de que eu não gostaria de ter outra vida.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Despedida.

Olhei fixamente para os seus lábios rosados. As palavras que saiam eram meio desconexas, mas regadas de fortes sentimentos, principalmente o da saudade. Pude contar as batidas do seu coração acelerado. Cem, duzentos, trezentos. Honestamente agora não me lembro mais. Rapidamente fui tomada pelo sentimento de tristeza. Aquilo me consumia, me doía a alma. Não pude evitar as lágrimas, elas percorriam o meu rosto sem pedir licença. Comecei a rezar baixinho, e como num mantra repetia as frases que eu pensava. Senti que apaguei. E quando me dei conta, aquele momento tinha sido interrompido, acabado, coisa de segundos. 


É difícil te ver chorar de saudade. O nosso elo é um só.  

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Amigo.

No meio de tantos outros, o seu rosto me chamou a atenção. Dono de um nome incomum, não foi difícil guarda-lo em minha memória. Os dias foram passando, e por destino ou acaso, nossas vidas se cruzaram. Foram tantos altos e baixos, que fomos do céu ao inferno. É indescritível esse emaranhado de sentimentos. É fogo que arde sem se ver, ferida que dói e não se sente (Luís de Camões). E hoje, sinto um andar solitário entre a gente, querendo estar preso por vontade, mas a racionalidade nos separou. E qualquer coisa que eu recorde agora, vai doer. Desse desencontro, resta a saudade. Embora amor dentro de mim não falte.
Estou terrivelmente inconstante. É bem verdade que tenho vivido momentos de alegria intensa. Mas por trás daquele sorriso há sempre uma dor atravessada. Latejando. Insistindo em doer. Porque até meus sentimentos mais íntimos estão expostos aos palcos gregos. Vem de lá. Sim. Vem daquele berço minha estrutura completa. Minha alma carregada. Meu sorriso triste. Minha dor abaixo da espinha. Trago comigo uma bagagem insuportável de carregar. Porque sim, sempre fui de brigar. Este é meu jeito de ordenar as coisas. Brigando. Obrigando-me a suportar aquilo que ninguém mais suportaria. Sou assim mesmo, contraditória. Explosiva nos momentos mais solenes. Contida naquele átimo de segundo para não se deixar golpear o coração. Talvez eu tenha que aprender a ceder mais. Ser menos teimosa. Talvez eu tenha que sair do meu mundo para simplesmente, viver no seu. Metamorfosear você.

(extraído de um certo alguém como eu).

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

01 de novembro de 2013.

Assim como o combinado, meus colegas de trabalho e eu estávamos a caminho de uma esfiharia localizada em Osasco, onde passaríamos o final de tarde comendo, bebendo e jogando conversa a fora, porém, o meu passeio foi interrompido com uma atípica ligação (naquele horário) da minha namorada. Prontamente retornei o contato e fui surpreendida com uma péssima notícia : o seu pai havia passado mal e estava hospitalizado. Rapidamente mudei a minha rota, e fui ao seu encontro. Nunca desejei tanto que o trem voasse, e cada minuto se tornava uma agonia naquela imensa angústia. Assim que cheguei à estação de destino, acelerei o passo e logo a avistei. Quando me aproximei, ganhei um leve beijo no rosto. Os seus olhos estavam vermelhos e distantes. Fomos para um canto mais isolado, longe daquelas pessoas que circulavam por ali. Ela me contou sobre o estado de saúde do seu pai, e com os relatos, tudo levava a crer que ele havia sofrido um AVE. Depois de alguns momentos de indecisão sobre como deveríamos proceder, concluímos que iriamos para o hospital. Ao caminharmos para a estação, ela se queixou de dor no dedo, e não hesitei em oferecer que trocássemos de sapatos. Mesmo a contra gosto, ela aceitou, e com o desconforto de sua sapatilha, caminhava sorrindo para não transparecer a dor, pois, naquele momento, tudo o que estivesse ao meu alcance para vê-la um pouco melhor eu faria. Não sabíamos ao certo como chegar lá, e por isso, assim que pegamos o ônibus, pedi ajuda ao cobrador. Durante o percurso, falamos das nossas vidas, trocamos juras de amor e a viagem foi mais divertida. Assim que descemos na rua do hospital, avistamos a sua irmã mais velha e senti a minha namorada incomodada. Diminuímos a velocidade dos passos. Mais a frente, acabamos falando com ela porque deveríamos ir para outra entrada. Ao chegar à recepção do Pronto socorro, decidi esperá-la do lado de fora porque não queria causar um constrangimento na família. Ela se dirigiu ao encontro dos seus familiares e eu fiquei ali a observar a paisagem. Acendi um cigarro e comecei a andar de um lado para outro. Estava ansiosa por notícias. Voltei a me sentar. Não me lembro ao certo quanto tempo se passou, mas finalmente ela apareceu. Aflita, questionei sobre o seu pai, mas ela não tinha muitas novidades. Me falou que ele faria uma tomografia computadorizada, e que os médicos não descartavam a possibilidade de ser um distúrbio da tireoide, uma doença de base que ele já tinha descoberto a algum tempo e fazia tratamento diário. O resultado do exame sairia de 2 a 3 horas, e durante esse período de espera resolvemos jantar. Logo na frente do hospital, tinha um simpático restaurante. Olhamos o cardápio e pedimos duas massas - penne e ravióli com recheio de mussarela de búfala e de cortesia da casa, duas taças de vinho. Tomamos o vinho ( que não era muito saboroso) e conversamos de como seria quando o nosso apartamento estivesse pronto. Certamente compraríamos uma caixa de bons vinhos, mas para isso, como não somos conhecedoras, teríamos que comprar tantos outros não tão bons assim, que ficariam de estoque na nossa geladeira. Saímos do restaurante para fumar, e logo que terminamos os nossos pratos estavam prontos. Gulosa que sou, logo reparei que a escolha de ravióli foi pouco generosa perto do tamanho da minha fome. Já o penne da minha namorada, transbordava o prato, e mais uma vez tive a confirmação de que as minhas escolhas nos restaurantes nunca são tão boas quanto às dela. De qualquer forma, a comida estava saborosíssima, pena que o nosso jantar foi interrompido por mais uma péssima notícia: - Amor, preciso voltar para o hospital, acabei de receber uma mensagem da minha irmã. Mais essa agora, o meu pai tem um tumor na cabeça! Completamente desnorteada, ela saiu correndo e atravessou a rua. De longe a vi entrando na recepção errada do hospital, mas, logo em seguida ela saiu às pressas para o lado correto. Eu permaneci ali, e por muitos minutos eu simplesmente não me mexi. Quando toda aquela tensão foi se esvaindo, dei a última golada no vinho que ainda restava na taça e quase vomitei. Eu precisava conversar com alguém e liguei para a minha mãe. Com a voz embargada contei o que tinha acontecido e fui consolada com palavras de carinho daquela que sempre sabe o que dizer. Conversamos por cerca de 20 minutos, e logo quando desliguei o telefone, fui ao banheiro e quando voltei paguei a conta. Voltei a sentar nos bancos do lado de fora do hospital, e de longe vi a irmã mais velha da minha namorada circular de um lado para o outro demostrando imensa ansiedade. Aquilo me martirizou ainda mais. Internamente eu comecei a me culpar por ser mulher, porque se eu fosse um homem, certamente eu poderia estar ao seu lado apoiando-a de perto nesse momento tão difícil. Eu comecei a contrair os dedos e por muito pouco não esmurrei aquela parede. Para me distrair, comecei a olhar o trabalho dos manobristas e me perdi nessa atividade por alguns minutos. Levantei e fui fumar. Senti-me ainda pior por fumar em frente a um hospital. Quando voltei a sentar, vi o marido de uma das irmãs da minha namorada passar. Ninguém saía e eu permanecia sem notícias. Não quis ligar para não invadir o espaço dela. Eu tinha plena certeza de que no momento que ela se sentisse mais a vontade viria falar comigo. O problema é que essa hora nunca chegava. Quando ela finalmente veio ao meu encontro, levantei e a recepcionei com um abraço. O seu abraço era distante, assim como o seu olhar molhado de lágrimas. Ela me contou brevemente sobre a doença do seu pai. Tinha sido diagnosticado um tumor no cérebro dele e o caso era bastante delicado. Eu apenas ouvia. Quando ela pegou em minhas mãos, sentiu que estavam frias e me chamou para entrar. Nem hesitei, porque não saberia quando horas mais eu suportaria ficar ali no frio, sozinha. Quando chegamos ao local que o seu pai estava, uma de suas irmãs conversou comigo e falou que ele seria transferido para um leito de UTI. Todo aquele emaranhado de informações e a tensão daquele momento, simplesmente me impediram de falar. Eu apenas consentia e ficava imaginando a gravidade de um tumor daquela natureza, e quais eram as possibilidades de cura. De longe eu vi o seu pai ao lado esquerdo de sua mãe e não conseguia materializar que um homem daquele, tão novo estivesse com um tumor na cabeça. Alguns minutos se passaram, e com exceção da sua mãe (que ficaria com o Sr. Antônio no hospital), todos iriam para casa. A minha namorada ficou com o carro da sua irmã, e juntas fomos sentido a Pirituba. Nessa noite eu dormiria em sua casa, afinal, ela não estava em condições de dirigir para tão longe. Chegando a sua casa, tomei um banho e troquei de roupa. Enquanto ela terminava o seu banho, eu acabei cochilando de tanto cansaço. Quando ela voltou, abri os olhos devagar e dei de cara com ela nua virada com o bumbum para mim. Aquilo foi como álcool para um corpo em chamas! Procurei me segurar e voltei a fechar os olhos. Já vestida, ela me acordou com um beijo, e questionou se eu não iria dar boa noite para ela. Demos um beijo gostoso, e no escuro começamos a namorar. Fizemos umas brincadeiras safadas, mas procurei não investir muito devido as circunstâncias. Ao contrário do que eu imaginava, ela demonstrou muito interesse e as brincadeiras foram ganhando mais intensidade. Com medo de que alguma de suas irmãs aparecesse, acabamos não concluindo o ato, e os nossos beijos foram ganhando uma intensidade mais carinhosa. Trouxe-a para mais perto de mim e beijei a sua bochecha. Ela abaixou a cabeça e se deitou do lado meu lado. Ficamos alguns minutos abraçadas de conchinha e inesperadamente ela começou a chorar compulsivamente. Aquela cena apunhalou o meu coração e eu nunca irei esquecê-la. Coloquei-a deitada no meu colo e afaguei os seus cabelos. Nada do que eu falasse poderia consola-la. Senti-me impotente. Tentei confortá-la com o simples calor do meu corpo e depois de muitos minutos ela foi para outra cama. Durante a noite, ela teve mais um dos seus ataques de sonambulismo. Acordei com os seus gritos seguidos de várias “edredonhadas” que levei no rosto. Usava o edredom que me cobria como escudo e rezava baixinho para que ela voltasse a dormir. Na madrugada, ela voltou para a cama que eu estava e parecia uma criança amedrontada pedindo conforto. Acredito que ela tenha feito isso por duas vezes, até que na última decidiu ficar na mesma cama que eu. Tivemos que acordar, e as pressas ela me deixou na estação. A caminho de casa, ainda no metrô, chorei como uma criança. Ao chegar em casa, conversei com a minha mãe, tomei um gostoso café e fui dormir. Ante de me deitar, liguei para a minha namorada, conversamos um pouco e cochilei. Depois de uma breve descansada, me revigorei um pouco após a deliciosa feijoada que a minha mãe fez. A minha irmã e o meu cunhado passaram à tarde em casa e isso me ajudou há relaxar um pouco. Como a minha namorada não sabia ao certo se ficaria no hospital ou voltaria para a sua casa, resolvi ir ao seu encontro no hospital. Peguei o carro e acelerei. Fumava bastante, e mais uma vez aquela tristeza me dominou. Comecei a chorar e me senti flutuando, sem rumo. Cheguei ao hospital, e trocando mensagens com o meu amor fui ao local indicado. Na recepção da UTI, questionei se eu poderia visitar o Antônio Nicastro, e mesmo sem me perguntar se eu era da família, a recepcionista não permitiu a minha entrada e informou que os seus familiares estavam acomodados numa sala ao lado. Tinha bastante gente no local e eu procurei sentar em um canto mais afastado até que a Silvia viesse ao meu encontro. Assim que me sentei, de longe vi uma de suas irmãs. Ela estava com o rosto triste e cabisbaixo. Logo em seguida, ouvi a sua mãe chamando todos da família para dentro da sala. Todos os irmãos dela e os seus cunhados juntos, e somente eu não poderia estar lá. Senti o “preço” de ser diferente. Fiquei por ali muito tempo até que a Silvia apareceu. Toda aquela situação era horrível. Eu não sabia como me comportar e o que dizer. Qualquer manifestação de carinho poderia nos denunciar para a sua família e eu não queria causar problemas, ainda mais nessa circunstância. Depois de muitas lágrimas, eles me contaram o que tinha acontecido. A doença era grave e os médicos não arriscariam uma cirurgia porque ele poderia não resistir, e mesmo sem a cirurgia, a possibilidade de uma recuperação era quase nula. Durante todo o período que fiquei no hospital, liguei inúmeras vezes para a minha mãe afim de desabafar. Ela me ouvia e me pedia calma e fé, porque “Deus sabe o que faz”. Procurei falar muito pouco sobre a doença do Sr. Antônio com a Silvia, e mesmo assim, o pouco que eu falava, ela sempre rebatia. Eu sentia revolta em seu olhar e ao mesmo tempo pena e compaixão. Quando pude entrar na sala da família, fomos surpreendidos pela sua mãe, que com a sua fé fervorosa nos olhou e contou uma passagem da bíblia, enfatizando que ele iria se recuperar e que a casa deles se tornaria uma igreja. Confesso que tremi; uma porque ela me assustou quando entrou, e outra pela grande esperança que ela tinha. Depois de tanta turbulência, quando estava dirigindo a caminho de casa, fiquei a pensar em tudo o que estava acontecendo. Eu nunca imaginei que o pai da Si passaria por isso. Até porque, em questão de saúde, o pai dela era muito mais saudável do que o meu. Seria destino? Maktub? Já estamos a quase uma semana desde que tudo aconteceu. O meu sogro permanece hospitalizado, e tem conversado bastante com a sua família, mesmo, com alguns períodos de confusão. Toda a fragilidade da Si tem me deixado ainda mais apaixonada. Sinto imensa necessidade de estar com ela e nos poucos períodos que efetivamente nós namoramos, pareço uma criança com o seu brinquedo preferido - não quero largar. Tenho me esforçado bastante para ser a companheira que ela precisa. Muita coisa já aconteceu esse ano, e sei, que para ela não está sendo nada fácil. No fim de semana passado, fomos para um barzinho no Tatuapé. Durante o caminho, senti-a “carregada”, e fiz o sinal da cruz nela para que os males fossem liberados. No bar, fui extrema ouvinte, e aos poucos ela foi relaxando. Tivemos uma noite muito prazerosa. E juro, por tudo que é mais Sagrado, que eu só quero que tudo fique bem. A tristeza dela é a minha tristeza. A sua dor, é a minha dor. Juntas, somos uma só. Amo você, baby.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

15/10/2013

E mais uma vez isso parou, muito pelo trabalho, muito por falta de inspiração mesmo. Mas tudo continua aqui, e permanecerá.